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domingo, 22 de outubro de 2017

Educação e tecnologia


ATPC DE  24/10/2017
Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo.
Formador: Prof. Martins Ramos



Caros colegas Professores, no encontro de formação desta semana, o tema central será a Educação e tecnologia.  Diante da repercussão de leis e projetos de lei e, sobretudo, a realidade em nossas escolas sobre o tema, elenquei cinco (5) textos de apoio e sugiro que para o encontro, vocês sintam-se à vontade para apresentar textos pertinentes ao assunto. 

     Desenvolvimento:
- Apresentação da Pauta do dia;  
- Informes sobre cursos em andamento e inscrições abertas;
- Proposta de formação específica: Expedição office 365;
-Revisitar os textos de apoio;
-Debate e compartilhamento de boas práticas e/ou entraves na relação Educação / Tecnologia.  

Bom estudo,
Prof. Coordenador Martins Ramos. 



 01 -     Põe  na roda: celular em sala de aula. Duração:  5:29.  




Texto 02 - Como lidar com os celulares em sala de aula  
                                      (Carolina Pignatari)

Olá educadores!

Você é daqueles que pega o celular toda hora? Se distrai fácil com os aplicativos do aparelho? Ou é professor e não aguenta mais chamar a atenção dos seus alunos quanto ao uso em sala de aula? Pois saiba que estamos lidando com a “geração distraída”, que são as pessoas que prestam mais atenção a seus aparelhos tecnológicos do que em qualquer outra coisa.

Aqui vamos falar de algumas maneiras de lidar com essas distrações digitais em sala de aula.

Para educadores que são a favor do uso de novas tecnologias em seus métodos de ensino, dispositivos digitais são uma ferramenta poderosa para a criação de uma experiência educacional diferenciada e motivadora. Mas, aqueles que são um pouco mais hesitantes, acham que os alunos usam os aparelhos para acessar o Instagram ou Facebook, ou seja, seriam distrações que interferem com a experiência educacional, ao invés de incentivar. A maioria dos educadores, no entanto, acreditam que essas duas coisas ao mesmo tempo usadas no momento certo, só tem a ajudar.

No meio de todo esse debate, só tem uma coisa que é certa: os dispositivos digitais em sala de aula vieram mesmo para ficar, seja fornecido pela escola ou usado escondido pelo aluno. A questão não é mais “devemos permitir o uso desses aparelhos em sala de aula?”, mas sim “agora que estão aqui, como não fazer com que essas ferramentas digitais sejam uma distração para o aluno?”.

O site Edudemic dá algumas dicas sobre esse assunto.

1- Destruir o mito de que dá pra fazer várias coisas ao mesmo tempo

Pergunte a qualquer estudante o que ele acha de mandar mensagem durante a aula. Com certeza, ele vai responder que pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo e estava prestando atenção ao professor. Esse é o mito de “fazer várias coisas ao mesmo tempo” em ação. Mesmo sem querer, a atitude acaba sendo reforçada em casa por adultos quando, por exemplo, vão jantar e usam o tablet ou respondem um email no celular durante a apresentação do filho.

A verdade é que ser uma pessoa multitarefa, permite fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas não fazê-las bem. O problema é que realmente só temos um canal de atenção, e adicionar mais coisas para prestar atenção, só vai “entupir” esse canal e você não vai fazer nada muito bem.

O problema em sala de aula é que o aluno vai falar que estava ouvindo o professor explicar a matéria. Pode até ser verdade, mas ele não estará assimilando tudo como deveria e estará perdendo detalhes importantes naqueles meros segundos em que olha para o celular.

Se você professor, está tendo esse problema em sala, uma boa ideia para combater o mito da multitarefa é fazer um plano de aula sobre a atenção e foco. Esta lição não tem de tomar muito tempo, e deve abranger atividades mais práticas, como por exemplo, o teste da linha horizontal (Este site deixou de exibir o conteúdo. Atualizado 11/08/2017) ou a ilusão “monkey business”.

2- Repense a proibição dos smartphones em sala de aula

Algumas escolas e professores têm regras rígidas a respeito da proibição de smartphones e tablets em sala de aula. Apesar de compreensível, a efetividade dessas proibições são discutíveis. Claro que mandar mensagens, entrar no Facebook ou atender ligações devem mesmo ser banidas, mas a falta do aparelho inibe o estudante de fazer pesquisa sobre algo que não entendeu ou ver uma imagem do que está sendo explicado. Além do mais, para os jovens atualmente, os smartphones são como uma parte do corpo e ficar sem eles, pode causar grande ansiedade e se tornar a distração em si.

Não é também para deixar tudo liberado para os alunos, mas é uma boa o professor tentar fazer um plano de aula em que use a tecnologia junto com os jovens para motivá-los e ajudar a ter mais responsabilidade no uso.

Outra sugestão é estabelecer um dia por semana em que os estudantes devem deixar seus smartphones de lado (numa caixa, talvez) e, assim, fazer uma aula mais colaborativa e participativa com eles, com tarefas presenciais que seriam impossíveis com o celular. Assim, eles não sentirão o efeito da proibição.

3- Escreva como eles leem

Sabia que nós lemos de forma diferente quando o texto é online ou no papel? Os leitores de internet gostam mais de dar uma olhada geral, procurando por algo mais profundo só quando alguma coisa chama atenção. A maioria não gosta de grandes textos ininterruptos quando estão online. E os estudantes são assim.

Então, quando for fazer textos para eles lerem, principalmente assuntos mais densos, quebre com cabeçalhos, negritos e listas em tópicos, sempre com bastante espaço. E quem sabe até, fazer um resumo do que está por vir para chamar a atenção dos alunos. Como os jovens estão cada vez mais visuais, é sempre bom também usar fotos, imagens e gráficos em seus textos.

4- Use suas distrações para despertar o aprendizado

Sabia que existem estilos de distrações online? Tem aluno que gosta de mandar mensagens, outros que gostam de vídeo, outros que preferem games e por aí vai. Como usar esses “estilos” no aprendizado? O professor pode pedir pro estudante que gosta de mensagens, escrever um texto pelo celular e mandar pelo Whatsapp, por exemplo. Ou então, o jovem que gosta de game pode criar uma história para um novo jogo. Essas duas abordagens despertam o lado criativo e lógico dos estudantes. E implicitamente, você vai estar ensinando como construir um argumento, criar personagens, descrições, diálogos e muito mais. Aí, quando ele for fazer uma prova de verdade, vai lembrar dessas lições que ele aprendeu “brincando”.

Se o aluno não tiver nenhuma preferência tecnológica e só pega o celular por comodismo mesmo, tente fazê-lo trocar o aparelho por caneta e papel, incentivando-o a escrever e rabiscar. Não importa seu método, o importante aqui é ter uma abordagem mais individualizada para cada aluno, se possível.

5- Não poste tudo na internet

Resista à tentação de colocar todo o conteúdo das aulas online. Isso pode tirar a atenção deles: “pra que prestar a atenção na aula se posso ler tudo online mais tarde”. Só deixe disponíveis exercícios ou pesquisas que despertem a curiosidade dos estudantes para o que foi ensinado em aula.

6- Crie oportunidades para despertar a curiosidade fora do mundo virtual

Existe uma razão para que os estudantes estejam sempre distraídos com seus smartphones e tablets: eles são interessantes. Envolva os alunos com projetos que os desafiem e lhes deem autonomia criativa. Use espaços ao ar livre como sala de aula. Convide palestrantes convidados. Crie formas de aprendizagem em que eles tenham que colocar a mão na massa, literalmente. Deixe os estudantes comandarem as discussões, ao invés de ficar você muito tempo falando. Com um pouco de vontade para agitar as coisas, você pode ser tão interessante quanto os celulares.

7- Ensine perseverança (grit)

Isto posto, é importante lembrar que um dos grandes pontos positivos dos aparelhos digitais é que eles proporcionam gratificação imediata. Por isso, é muito recomendado que os educadores ensinem seus alunos a ter “grit”. Mas o que é isso? “Grit” é ter perseverança para alcançar seus objetivos maiores e a longo prazo, mesmo enfrentando desafios e contratempos, envolvendo a parte psicológica como controle de esforço, estratégia e táticas. Sabendo como fazer, os estudantes aprendem a ter mais foco e controlar seus impulsos pela tecnologia.

Os adolescentes tem uma mente muito dinâmica, então mexer em smartphones é quase intuitivo. Desse modo, não tem mais como ignorar esse impulso. O que a escola deve fazer é incorporar o gadget aos métodos de ensino. Deve-se achar um meio-termo entre a proibição e a liberação do uso em sala de aula, com apoio dos pais, professores e alunos.

O que acontece é que estamos em uma época de transição em que não há regras estabelecidas nesse quesito. Os educadores devem tentar vários modos de uso e chegar ao melhor resultado para a aprendizagem.

Até mais!

Carolina Pignatari

acessado 20/10/2017



Texto 04 - Como transformar o uso do celular em sala de aula em um aliado da tecnologia na educação?
                                                                                        ( Luísa França)

A realidade das novas gerações é completamente distinta do que outras pessoas viveram em outras épocas, não é mesmo? Agora, boa parte dos jovens possui um smartphone, tendo acesso rápido às toneladas de informações e interações a cada minuto.

Vendo sob essa perspectiva, fica bastante claro que somente lousa, giz e cadernos não são mais suficientes para manter essa geração motivada e interessada em aprender, certo? E embora o uso do celular em sala de aula seja abominado por grande parte dos educadores, cada dia mais profissionais da área se perguntam: há como torná-lo um aliado da educação?

É exatamente sobre esse assunto que vamos falar nesse texto. Continue a leitura e confira como usar a tecnologia a seu favor durante as aulas!

Desenvolvendo estratégias produtivas
O telefone móvel já faz parte da vida de mais de 50% da população brasileira. E isso inclui, claro, muitas crianças e jovens. Por isso, proibir o uso do celular em sala de aula pode acabar se revelando um tiro no pé, já que essa atitude pode criar um grande abismo entre a escola e a vida pessoal dos estudantes.

O aparelho pode se tornar um rico instrumento de aprendizagem. A grande maioria dos smartphones atuais possui inúmeros recursos que podem ser utilizados nesse sentido: câmeras, gravador de voz, mapas, além de, é claro, o acesso à internet. Estar conectado em sala de aula não necessariamente significa distração e perda de foco. Quando bem direcionada, essa alternativa é também uma maneira de aprender como pesquisar, coletar dados e referências e inteirar-se de assuntos atuais em tempo real. Ou seja, o aluno acaba se tornando o protagonista do próprio aprendizado.

Em uma aula de geografia sobre a América, por exemplo, que tal incentivar os alunos a buscarem em seus dispositivos móveis os dados recentes sobre demografia, política, aspectos sociais e curiosidades inerentes aos países pertencentes ao continente?

Obviamente, o uso de celular em sala de aula sem nenhuma estratégia ou tipo de controle não é, absolutamente, recomendado. O ideal é que o professor consiga, junto da coordenação, desenvolver práticas pedagógicas que insiram o aparelho móvel de maneira lúdica e voltada para o estímulo da curiosidade do aluno.

Inserindo o uso do celular em sala de aula
Quando utilizados da maneira correta, os celulares em sala de aula têm o poder de melhorar sobremaneira a motivação e o nível de aprendizagem dos alunos. Além disso, possuem a grande vantagem de serem ferramentas magníficas de apoio ao professor. Por meio deles, é possível incrementar as aulas e oferecer conteúdos mais interativos e que despertem o interesse genuíno do aluno em participar do processo.

Até mesmo as tão temidas redes sociais, como Facebook e Whatsapp, podem ser direcionadas para uso em sala de aula. A criação de grupos de discussão e debates sobre determinado assunto é um bom exemplo disso. Além de promover maior participação do aluno, elas permitem que a atividade se expanda para além do período escolar e instigue os jovens a buscar referências na internet para basearem seus argumentos e opiniões.

Outra possível maneira de inserir o uso de celulares em sala de aula de maneira construtiva é por meio da produção de conteúdo digital. Com as câmeras de foto e vídeo dos aparelhos cada vez mais sofisticadas e potentes, é possível propor atividades que explorem esses recursos. Criação de telejornais, entrevistas e produção de filmes curtos estão entre as opções.

Inclusive a nova febre mundial no quesito jogos, o Pokémon Go, com sua proposta de aliar personagens fictícios a elementos reais — a chamada realidade aumentada —, pode ser utilizado como ferramenta para promover a integração entre os alunos que se interessam pelo jogo e a realização de atividades em grupo e visitas guiadas a museus e parques, por exemplo.

Por fim, além de todas as possibilidades que o celular apresenta somente por ter recursos digitais e amplo acesso à internet, já existe também um sem número de ferramentas educacionais gratuitas, especialmente desenvolvidas com o objetivo de auxiliar o professor. Tais ferramentas, como o AppProva, por exemplo, além de aumentar sobremaneira o engajamento dos alunos em sala de aula, acaba facilitando a vida do educador também. Isso porque é possível otimizar o tempo utilizado na elaboração e correção de exercícios, assim como identificar de maneira mais certeira as dificuldades de seus alunos, entre muitas outras funcionalidades.

Até mesmo a gigante Google já se atentou para o fato de que os dispositivos móveis podem ser grandes aliados na educação. A empresa tem uma linha de aplicativos exclusivamente desenvolvida para fins educacionais: o Google for Education.

Regulando a prática

Apesar de as mudanças de estratégias educacionais — permitindo o uso do celular em sala de aula com fins de aprendizagem — representarem um grande avanço pedagógico, visto que as estratégias tradicionais de ensino mostram-se a cada dia menos eficazes, é sempre prudente ter um certo cuidado. Há momentos e momentos para utilizar dispositivos móveis durante as aulas. E é importante que os alunos tenham consciência (e respeitem!) essa determinação.

Há momentos e momentos para utilizar dispositivos móveis durante as aulas.
Em certas ocasiões, pode ser difícil para o professor, por exemplo, controlar de perto o que cada aluno está realmente fazendo ao mexer em seu celular: participando da atividade proposta ou simplesmente navegando sem propósito pelas redes sociais. Daí a importância de se estruturar estratégias e propostas que facilitem a vida do educador, utilizando ferramentas certeiras e que engajem verdadeiramente os alunos.

Por isso, é fundamental que os professores, junto da coordenação pedagógica da escola, possam elaborar propostas educacionais bastante claras nesse sentido, e que deem todo o suporte necessário aos profissionais da educação. Assim, os celulares poderão passar de vilões a protagonistas dos processos de aprendizagem e educação.

E você, gostou de aprender sobre o uso do celular em sala de aula? Acha que o artigo foi útil? Então talvez você também se interesse em saber mais sobre o que é Ensino Híbrido e como pode implementá-lo na sua escola. Confira tudo sobre o assunto neste outro texto publicado aqui no blog!

Luísa França.




Texto 05 - Como usar o celular em sala de aula?
                                  (Camila Achutti)

Boas práticas , Dicas , Metodologia e Sala de Aula , Tecnologia e Inovação
Essa é a pergunta que eu mais escuto em termos práticos durante as palestras e andanças por aí. Os questionadores se colocam numa posição confrontadora, como se eu não soubesse o que eles passam em sala de aula se os alunos estiverem com o celular ligado.

Eu sei! Sei como ninguém, pois durante as formações e palestras para eles mesmos eles ficam com o celular na mão, tiram foto, olham o whatsapp, ficam loucos com as notificação. Eles mesmos. Sempre peço um momento estátua para que eles possam refletir sobre seus próprios conceitos.

Os celulares são extensões do próprio corpo para os nativos digitais. E não é a Camila falando, foi o sr. Marc Prensky (aliás leiam o livro dele, intitulado “Nativos Digitais”). Pedir para que eles desliguem essas extensões não é a situação mais confortável para eles, certo?

Então separei algumas dicas para vocês. Mas a essência é: ocupe o celular do jeito que você acredita que será mais proveitoso. E aí vão algumas possibilidades (lembrando que elas são inúmeras e só dependem da sua imaginação):

Busca por informação: essa é a mais simples de todos os usos. Invente a posição do Guardião da Verdade, o Guardião da Curiosidade e faça deles uma espécie de exploradores das informação. Estudantes e professores podem consultar dados específico em segundos.

Para realizar Quizzes e Testes: essa é uma das mais legais. Durante a aula, os alunos podem realizar, confortavelmente a partir do celular, pequenos testes e simulados previamente criados pelo professor. Desta forma, o professor pode obter em tempo real informações sobre o conhecimento de seus alunos e a eficácia da sua explicação. Além de deixar a aula mais leve. Tem um milhão de formas e apps disponíveis.

Repositórios de Sinônimos e Dicionário: dicionários não são a coisa mais prática do mundo, já celulares são incríveis que permitem tirar qualquer dúvida instantaneamente.
Cronômetro: aulas, exercícios, testes e apresentações sempre são mais produtivas se tiverem hora para começar e terminar. Se eles tiverem que deixar o celular no cronômetro, perder tempo no Whatsapp vai ser quase impossível.

Gravador: com o celular podemos gravar explicações do professor em sala para ser consultada posteriormente, ou até fazer trabalhos que envolvam entrevistas e vídeos. Lembrando que sempre devemos pedir permissão para fazer esse tipo de gravação.
Calculadora e Gráficos: alguns aplicativos permitem realizar todas as operações próprias de uma calculadora científica, gerar gráficos e se tornar ótimos aliados no aprendizado de matemática e aquisição de visão espacial.

Controlar o ruído na sala de aula: sabia que seu telefone celular pode dizer quando o nível de ruído ultrapassa os limites estabelecidos. E aí vira uma competição entre eles e podemos até fazer algumas tentativas de deixar eles trabalharem independente monitorando o silêncio.

Entender produtividade: existem apps que medem o tempo dedicado a uma tarefa específica e assim podemos entender e discutir como anda nossa produtividade, o que pode ser útil para professores e alunos.

Agora é hora de testar, errar, testar de novo e ser feliz : )

Camila Achutti


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