Poesia para Ler e Ouvir
Poesia e tecnologia uma combinação perfeita.
Colegas professores, sabemos que há várias formas para o incentivo à leitura. Como sugestão elaborei esta seção: “Poesia para ler e ouvir”. Espero que gostem. E desejo que alunos e professores, também produzam seus vídeos.
Prof. Martins Ramos
Olhei para o
céu
O brilho do
sol me iludiu,
Pensei estar
refletindo, porém ninguém me viu..
Uma lágrima
cai de meus olhos...
Não preciso me esconder
Não preciso disfarçar
Só preciso me encontrar
Nisso que
chamamos de se reinventar.
Minha
imaginação me permite navegar em minhas emoções
Porém o meu
barco nunca está em perfeitas condições...
Sempre há um
furo
Sempre há
uma fresta
Que permite
o sol e minhas lágrimas
Afundarem
meus pensamentos incertos...
Mas espera!
Alguém me
avistou?
Porém quem
será? Joguei ao mar minha esperança, meu amor
Socorro!!
está vindo em minha direção
Quer me
pegar à força e me jogar em meio à
solidão..
Não quero ir, acabei de fugir
Como posso
voltar para algo que apenas me fez regredir?
Me impedindo
de enxergar a beleza profunda
E finalmente
encarar o mundo, que sempre foi meu alicerce
para tudo.
Um tudo
perfeito e derradeiro, que mesmo sem querer
Sequestrou-me
e ensinou a viver.
Viver na
dificuldade
Viver na
redenção
Porém sempre
com a certeza de que os raios de sol..
Continuarão
vindo em minha direção.
O Barco
- Jhadi Querino
Canavial - Cecília Meireles
Cinza.
Branco.
São as moles espadas de zinco
do canavial.
Pardo.
Cinza.
São as rodas dos carros cansados
do canavial.
Preto.
Pardo.
São as perninhas finas das crianças
no canavial.
Cinza.
Branco.
São as canas, as canas cortadas
no canavial.
Pardo.
Preto.
É o caminho que vamos pisando
no canavial.
Preto.
Cinza.
É a poeira do vento fugindo
do canavial.
Pardo.
Pardo.
São os moldes de açúcar já pronto
no canavial.
Branco.
Branco.
É a risada festiva das crianças
no canavial.
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira.
Nasceu a 07 Novembro 1901 (Rio de Janeiro, Brasil)
Morreu em 09 Novembro 1964 (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil)
O Bicho - Manuel Bandeira
Link do Vídeo
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Retrato - Cecília Meireles
Link do vídeo
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira.
Mar Português - Fernando Pessoa
Link do Vídeo
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor,
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.
Bilhete
Mario Quintana
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario Quintana , Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. p. 474.
Colegas coordenadores, estou
recebendo vários pedidos de visitas para suporte na implementação de ações
didáticas com o uso da tecnologia. Por ser uma demanda grande, este espaço
digital será um ponto de apoio, pois aqui postarei textos relativos aos temas mais
solicitados por vocês.
Google
Classroom: levando a escola para o mundo do aluno!
Boas práticas.
Acessado em: < https://www.youtube.com/watch?v=nGW7rmyvh88>
março/18
Acessado em:
<https://www.youtube.com/watch?v=WfQhq67GfMA&list=PLcM40sq4jiedbAUtVA8H2kQzJzdHws5Kd&index=1>
março/18