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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Tecnologia Educacional





                              Poesia para Ler e Ouvir          

            Poesia e tecnologia uma combinação perfeita. 


Colegas professores, sabemos que há várias formas para  o incentivo à leitura. Como sugestão elaborei esta seção: “Poesia para ler e ouvir”. Espero que gostem. E desejo que alunos e professores, também produzam seus vídeos.  

Prof. Martins Ramos

PCNP de Tecnologia Educacional    


                                                        O Barco
                                                                          (Jhadi Querino)




                                                              
                                       Link do Vídeo Clqui AQUI.


Olhei para o céu
O brilho do sol me iludiu,
Pensei estar refletindo, porém  ninguém me viu..        
Uma lágrima cai de meus olhos...
Não  preciso me esconder
Não  preciso disfarçar
Só  preciso me encontrar
Nisso que chamamos de se reinventar.

Minha imaginação me permite navegar em minhas emoções
Porém o meu barco nunca está em perfeitas condições...
Sempre há um furo
Sempre há uma fresta
Que permite o sol e  minhas lágrimas
Afundarem meus pensamentos incertos...

Mas espera!
Alguém me avistou?
 Porém quem será? Joguei ao mar minha esperança, meu amor 
Socorro!! está  vindo em minha direção
Quer me pegar à força e  me jogar em meio à solidão..
Não  quero ir, acabei de fugir

Como posso voltar para algo que apenas me fez regredir?
Me impedindo de enxergar a beleza profunda
E finalmente encarar o mundo, que sempre foi meu alicerce  para tudo.
Um tudo perfeito e derradeiro, que mesmo sem querer
Sequestrou-me e ensinou a viver.

Viver na dificuldade
Viver na redenção
Porém sempre com a certeza de que os raios de sol..
Continuarão vindo em minha direção.


  O Barco  - Jhadi Querino


                                     Canavial - Cecília Meireles





Cinza.
Branco.
São as moles espadas de zinco
do canavial.

Pardo.
Cinza.
São as rodas dos carros cansados
do canavial.

Preto.
Pardo.
São as perninhas finas das crianças
no canavial.

Cinza.
Branco.
São as canas, as canas cortadas
no canavial.

Pardo.
Preto.
É o caminho que vamos pisando
no canavial.

Preto.
Cinza.
É a poeira do vento fugindo
do canavial.


Pardo.
Pardo.
São os moldes de açúcar já pronto
no canavial.


Branco.
Branco.
É a risada festiva das crianças
no canavial.



Cecília Meireles





Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira.

Nasceu a 07 Novembro 1901   (Rio de Janeiro, Brasil)
Morreu em 09 Novembro 1964 (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil)





                                                  O Bicho - Manuel Bandeira

                                   
                                                                Link do Vídeo


O Bicho

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.





 Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.






                                             Retrato - Cecília Meireles


                                                                Link do vídeo

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

           
    Cecília Meireles


Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira.





                                               Mar Português - Fernando Pessoa


                                                               Link do Vídeo


Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!  
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor,
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.


Fernando Pessoa 

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.









                                                      Bilhete
                                                                       Mario Quintana


Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario Quintana , Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. p. 474.




Colegas coordenadores, estou recebendo vários pedidos de visitas para suporte na implementação de ações didáticas com o uso da tecnologia. Por ser uma demanda grande, este espaço digital será um ponto de apoio, pois aqui postarei textos relativos aos temas mais solicitados por vocês.  


Google Classroom: levando a escola para o mundo do aluno!






                                                                 Boas práticas.






Acessado em: <https://www.youtube.com/watch?v=WfQhq67GfMA&list=PLcM40sq4jiedbAUtVA8H2kQzJzdHws5Kd&index=1> março/18

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