Desenvolvimento:
- Leitura dos textos de apoio;
- Analisar os projetos desenvolvidos na escola no segundo semestre;
-Revisitar a plataforma Currículo Mais;
-Socializar atividades da plataforma Currículo Mais.
* ATPC (Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo).
Prof. Coordenador Martins Ramos.
Textos de Apoio:
Texto 1- De quem é a “Culpa”? De quem é
a “Culpa”?
Conta-se que uma aldeia, bem nas montanhas, vivia muito
triste. Tinha muitos problemas, fazia anos, e ninguém se entendia sobre eles.
Um ficava acusando o outro. Um dia, um jovem da aldeia retirou-se para a mais
alta montanha a fim de pensar sobre sua vida: será que valia a pena viver ali?
Era tão triste... Não seria melhor procurar outra aldeia? Mas, no fundo, não
queria deixá-la, pois afinal, apesar da tristeza reinante, era ali que tinha os
parentes, os amigos, a namorada. Pediu ajuda aos deuses. Foram dias e dias de
reflexão. Até que os oráculos se compadeceram, e ele teve uma iluminação. Voltou,
então, para a aldeia e começou a refletir com as pessoas que não deveriam
procurar o “culpado” e sim o responsável, pois afinal, falar em culpa era remeter
até a um caráter religioso e isto pesava muito. Foi necessário um tempo para todos
se convencerem disto. Vencido este desafio, passou para a segunda fase do plano:
mostrava que, como o problema era muito complexo e de tanto tempo, provavelmente
não haveria um, mas vários responsáveis. Quando o ambiente estava preparado,
anunciou ao povo que um dos responsáveis havia sido preso. Todos morreram de
curiosidade, pois, de tanto se acusarem, já haviam perdido a noção das coisas.
Organizou-se uma grande fila em frente à delegacia; todos estavam eufóricos:
finalmente aparecia um responsável.
O interessante, no entanto, era observar como as pessoas
saíam de lá: cabisbaixas, reflexivas. Os que estavam ainda aguardando na fila
não entendiam bem, pois esperavam ver uma certa sensação de alívio e de “acerto
de contas”. Toda população interessada teve oportunidade de conhecer um dos responsáveis
através do visor da cela. Depois, aos poucos, o povoado foi se transformando:
os problemas começaram paulatinamente a serem resolvidos e a alegria foi
voltando. A mudança foi tanta que resolveram fazer uma homenagem ao jovem. Este
recusou, argumentando que a transformação se devia a todos e não apenas a ele.
Pediu, no entanto, uma coisa: como com o tempo as pessoas poderiam se esquecer,
que se conservasse sempre a possibilidade de se ver um dos responsáveis e que
nunca se tirasse, portanto, o espelho que ele tinha colocado por detrás do
visor da cela...
Celso dos S.
Vasconcellos (adaptação de conto
popular)
Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com
a escola bastante grande.
Uma manhã, a professora disse:
– Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”- pensou o menininho.
Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens
e barcos…
Pegou a sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
A professora então disse:
– Esperem, ainda não é hora de começar !
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus
lápis rosa, laranja e azul.
A professora disse:
– Esperem ! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com caule verde.
– Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para
a sua flor.
Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso…
Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.
Era vermelha com caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre,
a professora disse:
– Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
– “Que bom !”!!!. Pensou o menininho.
Ele gostava de trabalhar com barro.
Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes,
camundongos, carros e caminhões.
Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.
Então, a professora disse:
– Esperem ! Não é hora de começar !
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.
“Que bom !” – pensou o menininho.
Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
A professora disse:
– Esperem ! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem
começar.
E o prato era um prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o
próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso.
Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato
fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a
fazer as coisas exatamente como a professora.
E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.
Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.
Essa escola era ainda maior que a primeira.
Um dia a professora disse:
– Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom !”- pensou o menininho e esperou que a professora
dissesse o que fazer.
Ela não disse.
Apenas andava pela sala.
Então veio até o menininho e disse:
– Você não quer desenhar ?
– Sim, e o que é que nós vamos fazer ?
– Eu não sei, até que você o faça.
– Como eu posso fazê-lo ?
– Da maneira que você gostar.
– E de que cor ?
– Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores,
como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar ?
– Eu não sei . . .
E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com
o caule verde…
fonte: http://www.refletirpararefletir.com.br/ acesso em 20/11/2016.
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