Hora de Estudar

domingo, 20 de novembro de 2016

ATPC 36 - de 22 de novembro 2016

Tema: REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA 

Desenvolvimento:
- Leitura dos textos de apoio;
- Analisar os projetos desenvolvidos na escola no segundo semestre;
-Revisitar a plataforma Currículo Mais;
-Socializar atividades  da plataforma Currículo Mais. 

*  ATPC (Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo). 

Prof. Coordenador Martins Ramos.

Textos de Apoio:

           Texto 1-     De quem é a “Culpa”? De quem é a “Culpa”?


Conta-se que uma aldeia, bem nas montanhas, vivia muito triste. Tinha muitos problemas, fazia anos, e ninguém se entendia sobre eles. Um ficava acusando o outro. Um dia, um jovem da aldeia retirou-se para a mais alta montanha a fim de pensar sobre sua vida: será que valia a pena viver ali? Era tão triste... Não seria melhor procurar outra aldeia? Mas, no fundo, não queria deixá-la, pois afinal, apesar da tristeza reinante, era ali que tinha os parentes, os amigos, a namorada. Pediu ajuda aos deuses. Foram dias e dias de reflexão. Até que os oráculos se compadeceram, e ele teve uma iluminação. Voltou, então, para a aldeia e começou a refletir com as pessoas que não deveriam procurar o “culpado” e sim o responsável, pois afinal, falar em culpa era remeter até a um caráter religioso e isto pesava muito. Foi necessário um tempo para todos se convencerem disto. Vencido este desafio, passou para a segunda fase do plano: mostrava que, como o problema era muito complexo e de tanto tempo, provavelmente não haveria um, mas vários responsáveis. Quando o ambiente estava preparado, anunciou ao povo que um dos responsáveis havia sido preso. Todos morreram de curiosidade, pois, de tanto se acusarem, já haviam perdido a noção das coisas. Organizou-se uma grande fila em frente à delegacia; todos estavam eufóricos: finalmente aparecia um responsável.
O interessante, no entanto, era observar como as pessoas saíam de lá: cabisbaixas, reflexivas. Os que estavam ainda aguardando na fila não entendiam bem, pois esperavam ver uma certa sensação de alívio e de “acerto de contas”. Toda população interessada teve oportunidade de conhecer um dos responsáveis através do visor da cela. Depois, aos poucos, o povoado foi se transformando: os problemas começaram paulatinamente a serem resolvidos e a alegria foi voltando. A mudança foi tanta que resolveram fazer uma homenagem ao jovem. Este recusou, argumentando que a transformação se devia a todos e não apenas a ele. Pediu, no entanto, uma coisa: como com o tempo as pessoas poderiam se esquecer, que se conservasse sempre a possibilidade de se ver um dos responsáveis e que nunca se tirasse, portanto, o espelho que ele tinha colocado por detrás do visor da cela...

Celso dos S. Vasconcellos   (adaptação de conto popular)


                           Texto 2  Era uma vez um menininho...




Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.

Uma manhã, a professora disse:

– Hoje nós iremos fazer um desenho.

“Que bom!”- pensou o menininho.

Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos…

Pegou a sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.

A professora então disse:

– Esperem, ainda não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.

– Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.

A professora disse:

– Esperem ! Vou mostrar como fazer.

E a flor era vermelha com caule verde.

– Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor.

Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso…

Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.

Era vermelha com caule verde.

Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:

– Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

– “Que bom !”!!!. Pensou o menininho.

Ele gostava de trabalhar com barro.

Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões.

Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.

Então, a professora disse:

– Esperem ! Não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.

– Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

“Que bom !” – pensou o menininho.

Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

A professora disse:

– Esperem ! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar.

E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso.

Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.

E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora.

E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.

Essa escola era ainda maior que a primeira.

Um dia a professora disse:

– Hoje nós vamos fazer um desenho.

“Que bom !”- pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer.

Ela não disse.

Apenas andava pela sala.

Então veio até o menininho e disse:

– Você não quer desenhar ?

– Sim, e o que é que nós vamos fazer ?

– Eu não sei, até que você o faça.

– Como eu posso fazê-lo ?

– Da maneira que você gostar.

– E de que cor ?

– Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar ?

– Eu não sei . . .

E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde…

fonte: http://www.refletirpararefletir.com.br/ acesso em 20/11/2016.



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